A imagem ao lado nos remete a uma reflexão e sentimento compartilhado por toda a nação brasileira; o de estarmos sendo "roubados" ou melhor "furtados". Conforme o dicionário, furtar significa: subtrair fraudulentamente sem violência. Será?
A verdade é que estão furtando a nossa energia e disposição para trabalhar, a nossa esperança em acreditar num país melhor, a nossa confiança nas promessas políticas partidárias feitas em todas as eleições, enfim, estão furtando todas as expectativas de um prometido futuro de glórias e crescimento. (leia mais no artigo - Sinais de enfraquecimento da economia).
Deixando de lado a menção honrosa que esta imagem faz ao nosso governo, o aumento do combustível veio num momento muito propício, às vésperas das férias, Natal e fim de ano. Neste momento onde todos estão eufóricos com tamanhos incentivos ao consumo, viagens, décimo terceiro salário disponível, muitos não se darão ao trabalho de pensar e fazer as contas da realidade em que estamos vivendo. Farão tudo aquilo que já planejaram da mesma forma sem ao menos perceber o que virá pela frente.
O cenário da economia brasileira para 2014 é bem pessimista. Alguns economistas já revelam a sua preocupação com o tamanho do pessimismo dos investidores internacionais com relação ao país e acreditam que em breve haverá o rebaixamento da nota de classificação do país.
"Nunca na história desse país, eles estiveram tão pessimistas".
A inflação volta a ser um temor. Temos vários indícios para acreditar nisso, sendo eles o aumento para dois dígitos da Taxa Selic (entenda mais...) 10% ao ano e a expectativa para a próxima reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) é de que a taxa chegue a 10,50%. E o que isto significa? Restrição ao crédito, menores prazos de pagamentos à juros mais altos como forma de inibir o consumo para evitar a inflação. Tudo isso parece ser muito incoerente para um país que precisa crescer e continua crescendo à taxa muito mais baixa comparado com todos os outros países emergentes.
Mas, voltando ao aumento dos combustíveis, segue abaixo um demonstrativo de cálculos do quanto o poder de consumo de um indivíduo brasileiro irá diminuir:
Estas informações, são de um consumidor na região de Belo Horizonte/MG. com o perfil de consumo apresentado de 4 abastecimentos no mês.
Dia 26 de novembro:
Preço do Combustível: R$ 2,587
Total de litros: 51,52 l
Total pago: R$ 133,33 (cento e trinta e três Reais e trinta e três centavos)
Reajuste de 8%
Dia 07 de dezembro:
Preço do Combustível: R$ 2,794
Total de litros: 51,23 l
Total pago: R$ 143.14
Em um mês, esse reajuste representará uma perda de R$ 39,24.
Em um ano, esse reajuste representará uma perda de R$ 470,88
Este valor naturalmente representará uma diminuição no padrão de vida deste cidadão e família, onde haverá uma redução no consumo de itens de alimentação, vestuário, lazer, ensino e outros.
Fiquem atentos!!!
Att.
Emerson Santana
Texto/Opinião: Emerson Santana.
* Graduado em Ciências Econômicas pela UFSJ – São João Del Rei/MG
* Especialista em Gestão em Finanças pela UFSJ- São João Del Rei/MG
* Especialista em Gestão, Educação e Segurança para o Trânsito - Belo Horizonte/MG
* Consultor Administrativo e Financeiro
* Ministra Cursos de Orçamento Pessoal e Familiar
* Ministra Cursos de Gestão Financeira para MPE's in Company