Formação dos Condutores vs Profissionalização do CFC
Introdução: Os acidentes de trânsito há muito tempo se tornaram um problema de saúde pública. Diante de um tripé estrutural, o trânsito tende a estabelecer o seu equilíbrio através da Educação, Infraestrutura e Fiscalização. Conforme a Resolução 358 de 2010 do CONTRAN, Art. 7º as autoescolas a que se refere o art. 156 do CTB, denominadas Centros de Formação de Condutores são empresas particulares ou sociedades civis, constituídas sob qualquer das formas previstas na legislação vigente. Sendo um dos agentes formadores, o CFC necessita de uma capacitação e profissionalização empresarial, afim, de otimizar os seus resultados educacionais e na formação do condutor através de uma excelência profissional.
Objetivo: Demonstrar a aplicação de um Modelo de Gestão Financeira em CFC’s, a melhoria de performance e os resultados obtidos através de indicadores gerenciais. Materiais e Métodos: Modelo de Gestão Financeira fundamentado na execução dos Controles Básicos Financeiros e Planejamento Orçamentário OBZ (Orçamento Base Zero) através de um software Excel.
Resultados e Discussão: A execução deste modelo cíclico anual é capaz de produzir indicadores e ferramentas de gestão essenciais para uma excelência administrativa. Indicadores de gestão sobre o faturamento, distrato de contrato, produtividade da frota, produtividade dos instrutores, índices de aprovação, gestão de custos e planejamento estratégico orçamentário são alguns dos principais indicadores que norteiam a tomada de decisão do gestor de forma mais assertiva e melhoria contínua da prestação de serviços. A melhoria do índice de aprovação pedagógica é reflexo da aplicação e execução do Modelo de Gestão Financeira (MGF), do Manual de Procedimentos Internos (MPI), Índice de Desempenho Pessoal (IDP) e melhoria no Processo de Recrutamento e Seleção (PRS). O CFC em estudo apresentou um índice de aprovação médio (2015 – 2016 – 2017) superior diante de seu principal concorrente em todas as categorias de exames Teórico (69% - 59%), categoria A (44% - 41%) e categoria B (11% - 8%). A gestão de RH também apresentou resultados relevantes e reduções em Rescisões em 2015 (R$ 23.131,39) para 2016/2017 (R$ 11.705,28); Ações Trabalhistas em 2015 (R$ 6.489,63) para 2016/2017 (R$ 1.626,02); Turnover em 2015 (14 demissões) para 2016/2017 (7,5 demissões). Conclusão: A proposta de adoção de um sistema gerencial empresarial para as empresas, proporcionará dados e informações uniformes do segmento para avaliação dos recursos específicos que se pretende instrumentalizar a melhoria contínua do processo de formação do condutor. A aplicação de um Modelo de Gestão Financeira para os CFC’s é o caminho para a excelência na prestação de serviços destas empresas. Com base nos resultados obtidos, podemos perceber que um CFC bem estruturado administrativamente, será ainda mais capaz de contribuir não apenas para a capacitação, mas também para a formação e melhor preparo do condutor cidadão para o sistema trânsito. Palavras-Chave: Acidentes de trânsito; Índice de Aprovação Pedagógico; Centro de Formação do Condutor; Modelo de Gestão Financeira; Indicadores de Gestão.
Autor: Emerson Santana
* Graduado em Ciências Econômicas pela UFSJ – São João Del Rei/MG
* Especialista em Gestão em Finanças pela UFSJ- São João Del Rei/MG
* Especialista em Gestão, Educação e Segurança para o Trânsito - Belo Horizonte/MG
* Consultor Administrativo e Financeiro
* Ministra Cursos de Orçamento Pessoal e Familiar
* Ministra Cursos de Gestão Financeira para MPE's in Company
Coautor: Regiane Oliveira Santos
* Graduanda em Administração Pública pela UFSJ - São João Del Rei/MG
* Segurança e Saúde no Trânsito - Ações do Estado para mudança no cenário atual
* Análise do Projeto Vida no Trânsito em Belo Horizonte 2010/2016