A Educação Financeira tem o propósito de desenvolver competências técnicas a fim de tornar consciente as decisões dos indivíduos sobre as questões que envolvem dinheiro. Todavia, é um processo de conhecimento contínuo na busca por melhorias na qualidade de vida, pois envolvem aspectos sociais e emocionais.
A palestra “Invista em Você – Suas finanças, Seu Sucesso” apresentada para a comunidade acadêmica, servidores e aberta à comunidade externa realizada pelo IF SUDESTE MG destacou quatro justificativas na apresentação do tema.
1 Pandemia e cenário econômico mundial. A pandemia do COVID-19 trouxe ao cenário mundial uma reflexão muito importante sobre os processos produtivos, empregos e impactos na forma de consumo de todas famílias. Segundo o IBGE, no Brasil foram fechados mais de 1 milhão de postos de trabalho somente nos meses de março e abril de 2020. A taxa de desemprego no país aumentou, muitas famílias perderam ou ainda perderão suas fontes de renda e serão lançadas no caminho das dívidas, de perdas financeiras e diminuição do padrão de vida a que estavam acostumadas. A Educação Financeira é o caminho para trilharmos esse cenário de novos desafios.
2 Atenção aos sinais! Ao apresentar um gráfico do IBOVESPA, o mais importante indicador de desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, apresentou-se a relação de variação da Bolsa indicando que no período de 1998 a 2020 passamos por 8 (oito) crises financeiras e mundiais de grandes intensidades nos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Olhando para o passado e percebendo os ciclos econômicos, não estaríamos propensos a passar por futuras crises nos próximos 20 anos? A Educação Financeira é a base para estarmos preparados para usufruir o que será proporcionado nos ciclos de prosperidade, assim como passarmos de forma equilibrada pelos ciclos de crises.
3 Diagnóstico Perfil Financeiro. Todos os participantes responderam o formulário DPF, onde responderam questões ligadas diretamente ao perfil individual financeiro de acordo com a sua realidade e condição no momento. Sendo assim, todos receberam um feedback preliminar orientativo para o melhor entendimento sobre cada questão. Neste formulário foram 126 respostas com o seguinte perfil identificado:
DPF 126 participantes.
Gênero (48% Homens; 52% Mulheres).
Faixa etária (26% entre 18 e 25 anos); (11% entre 26 e 30 anos); (19% entre 31 e 35 anos); (44% acima de 36 anos).
Escolaridade (2% Ensino Fundamental); (27% Ensino Médio); (25% Ensino Superior Completo/Incompleto); (46% com Pós-Graduação).
Renda Pessoal (42% até 1 salário mínimo); (13% de 1 a 3 salários mínimos); (13% de 3 a 5 salários mínimos); (32% acima de 5 salários mínimos).
Score Médio (4,86) pontos, sendo a menor pontuação com (3,02) pontos; a maior pontuação (7,70) pontos, Mediana de (4,80) pontos e Desvio Padrão (1,26).
Score Médio pelo grau de Escolaridade
Ensino Fundamental (2,41 pontos)
Ensino Médio (3,30 pontos)
Ensino Superior Completo/Incompleto (3,92 pontos)
Pós Graduação (6,39 pontos)
Questão 15 com menor pontuação (3,02 pontos). Esta questão aborda o tema sobre a existência de uma renda extra ou passiva. Os participantes (78%) responderam que não possuem renda extra, (10%) apenas possuem trabalho temporário ou negociações e outros (10%) possuem mais de uma fonte de renda. Essa questão demonstra que a criação de uma reserva financeira pode gerar uma renda extra ou passiva futuramente através de investimentos. Este conceito é quando o dinheiro passa a trabalhar a nosso favor, mediante a aplicações e investimentos.
Questão 12 com maior pontuação (7,70 pontos). Esta questão aborda o tema sobre a decisão de compras, o impulso pelo consumo. Os participantes (76%) responderam que fazem pesquisas de preços e visitam vários estabelecimentos, o que reforça um bom hábito de consumo. Esta prática irá otimizar os gastos e preservar as receitas, o que irá possibilitar a manutenção do propósito da criação da reserva financeira regularmente. Praticar a regra do colchão de segurança deve ser primordial. Esta reserva irá auxiliar na busca pelo equilíbrio financeiro e será o gatilho para a criação do hábito de poupar. Ao se formar uma reserva financeira adequada, ela irá proporcionar consequentemente a otimização das despesas.
4 Existem dois caminhos para a compreensão financeira. Para a perfeita compreensão financeira, estes dois caminhos não podem ser trilhados de forma independentes, eles devem coexistir. Não adianta somente focar na excelência e controle das despesas, assim como não se deve focar apenas no aumento das receitas para garantir uma boa qualidade de vida. O gerenciamento das despesas deve ser executado sempre na busca da otimização das despesas, assim como o gerenciamento das receitas irá proporcionar a criação e manutenção das reservas financeiras capaz de proporcionar as desejadas conquistas.
Ao abordar temas sobre o controle de contas de consumo (luz, água, combustível), financiamento de imóveis e veículos, taxas praticadas, percentual ideal de reserva financeira e modalidades de investimentos, o público demonstrou maior interesse em saber mais sobre:
Gerenciamento das despesas
Como controlar as despesas pessoais (30%).
Gerenciamento das Receitas
Investimentos (51%).
Uma boa saúde financeira a todos!
Att.
Emerson Santana
Exata Soluções Consultoria
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